No dia 17 de março de 2017, o cantor Guilherme de Sá (vocalista da banda Rosa de Saron - sim, VOCALISTA...ele NÃO saiu da banda), lançou todas as músicas de seu primeiro projeto solo, um cd chamado "Íngreme". Ao invés de fazer uma resenha tradicional, do álbum como um todo, resolvi fazer um "faixa a faixa", comentando a minha humilde opinião enquanto estou escutando as músicas pela primeira vez. Não sou especialista, muito menos crítica musical - sou apenas fã de boa música e resolvi escrever sobre o que agrada aos meus ouvidos.
Mano, que baita música! Perfeita para curtir com seu amor e ver que, apesar de todos os contratempos que uma relação tem - querer estar junto de quem se ama e ser correspondido é o que importa. É a primeira canção do álbum e ela já me ganhou.
Ágora foi o primeiro single lançado, tem clipe rolando há uns dias e não é fácil de entender logo de cara. Eu mesma, ouvi trocentas mil vezes e interpretá-la como um todo ainda é uma dificuldade. Mas, pelo o pouco que eu entendi da canção, fala de um amor que é realmente puro - coisa quase inexistente, infelizmente, nos dias de hoje. E sabe aquele ditado popular conhecido, "Se você ama, deixe partir...se voltar, quer dizer que seu amor é correspondido"? Ao ler alguns trechos da canção, isso me veio na cabeça. Fora que o belíssimo arranjo é uma delícia de ouvir, em um estilo que lembrou Jack Johnson e John Mayer.
Esta canção pop francesa é um cover da Marilou Bourdon. Não falo quase nada de francês nem entendo ("dá-lhe google translator"), fala de um amor tão grande que podemos sentir que nos falta o ar e mesmo assim, queremos seguir com ele para sempre.
Como é QUERER recomeçar após erros e arrependimentos? Quem nunca amou e quem nunca errou ao amar, que atire a primeira pedra. Mostrar que você ama aquela pessoa muito, apesar do que aconteceu antes e reconhecer que errou...dizendo "fiz besteira, estou aqui e eu te amo" de uma maneira tão singular, coisas que me conquistaram nessa música do Guilherme.
"Nada é eterno que não dure até amanhã/ Se for pra sempre, cumpre-se o rito/ Que perdure até de manhã". Preciso falar mais alguma coisa? Pra mim ficou claro uma coisa nessa música - e me corrijam se meu pensamento sobre essa canção estiver errada - Fala-se sobre as dúvidas que temos ao estar em um relacionamento com quem amamos. Será que é pra sempre mesmo? Mas nada nessa vida é eterno, né? Como lidar com tudo isso? Será que é tão dificil viver um amor como se fosse durar a eternidade, mesmo com todas as pedras que encontramos no caminho? Não sei as respostas pra essas perguntas que vieram na minha cabeça, mas eu me considero uma pessoa romântica e gosto da intensidade de um verdadeiro amor, com seus prós e contras.
Como mega-fã do U2 (quem me conhece, sabe), eu sou muito chata com relação aos covers que fazem das músicas deles. E não é a primeira vez que vejo o Guilherme cantando U2 - na gravação do DVD Horizonte Vivo Distante (eu estava lá), ele e o Rosa de Saron tocaram um trecho de "With Or Without You" junto com a canção "Folhas do Chão. E "Sometimes" é uma música que sempre mexeu comigo pelo significado dela - a relação de Bono com seu pai - e o Guilherme conseguiu passar, ao meu ver, um sentimento tão grande enquanto canta a canção que parece que a história aconteceu com ele e isso me emocionou...sem mais palavras: BRAVO!
A batida da música me fez lembrar de algumas músicas de uma banda gringa que eu gosto: City And Colour. E a letra, um clamor à Deus para olhar por todos seus filhos no meio deste mundo maluco, cheio de ódio e intolerância. E para que Ele nos mostre como podermos ser e agir, de verdade, como Ele, para podermos mudar as coisas para melhor.
Que, infelizmente, o amor foi banalizado de tantas formas e modos nos dias de hoje não é novidade pra ninguém. Mas será que, só porque a maioria banaliza, temos que fazer o mesmo, a ponto de saber que corremos o risco de estarmos sempre sozinhos? Não sei vocês, caros leitores desse humilde blog, mas eu não quero. Eu não me envolvo com alguém sem ter um sentimento forte junto e não quero "casar pensando em separar". Amor é para sempre...vi muito disso na letra dessa música e a melodia dela me encantou.
Olha, acho que essa é a música com a maior influência "indie rock" do álbum, e tem uma pegada muito gostosa de ouvir. Curti <3
Essa canção, segundo o próprio Guilherme disse uma vez, é uma homenagem aos Judeus que foram mortos pelos nazistas. E que bela homenagem! Que a gente nunca se esqueça que discriminação e preconceito são nocivos para a nossa sociedade e que eles podem matar! Cara, somos todos iguais...viemos do mesmo lugar e vamos voltar ao mesmo lugar também, porque tem gente que insiste que é melhor do que os outros por causa de cor de pele, gênero, sexo, etc? Que nós e, principalmente, as próximas gerações sejam muito melhores.
Esse é o segundo single e a música-título do álbum, que ganhou um lyric video muito poético, como a canção. Mas tem um trava-língua que é difícil de acompanhar...hahahahaha. Brincadeiras à parte, a música é lindíssima e o cantor me surpreendeu com um jeito de cantar bem diferente do que estou acostumada dos trabalhos dele com o Rosa de Saron, mesmo com os famosos falsetes do cantor.
Em geral: Pra quem espera um disco de música cristã, como os do Rosa de Saron...esquece! Não é que Deus não esteja presente nesse trabalho, Ele está...através do amor romântico e de letras e sonoridades mais subjetivas do que as do grupo na qual Guilherme é vocalista. Destaque para as influências do folk e do indie, sem deixar o rock de lado, com uma pegada mais leve e limpa. Simplesmente adorei, na minha humilde opinião de admiradora de boa música.
Nenhum comentário:
Postar um comentário